23 de jan. de 2011

Inteligência Emocional

Se existe um livro que deveria ser obrigatório para todos lerem, sem exceções, esse livro deveria ser: "Inteligência Emocional" do Daniel Goleman.
Estou quase na metade do livro, porém tudo que eu já tinha como ideologia e praticava está nesse livro.
O livro basicamente sugere uma reeducação emocional baseado na nossa inteligência, é como se nos doutrinássemos a passar por tudo, desde uma explosão emocional, como a viver o dia-a-dia de uma forma mais racional, porém sem se desligar do emocional, que é o que de fato nos mantém longe de ser um psicopata. (Pausa, provavelmente você pode ter uma idéia errada sobre o que é um psicopata, caso esteja interessado, pode ver algumas entrevistas da Dr. Ana Beatriz Silva, uma médica com pós-graduação em psiquiatria, ou até quem sabe comprar um livro dela e me emprestar =D
Links:
Site oficial
Enfim, esses são algumas das entrevistas dela..)


Na página 55 do livro, é listado algumas definições básicas de inteligência emocional, dividindo-as em 5 partes:
1) Conhecer as próprias emoções: Autoconsciência - reconhecer um sentimento quando ele ocorre - é a pedra de toque da inteligência emocional. A capacidade de controlar sentimentos a cada momento é fundamental para o discernimento emocional e para a autocompreensão. A incapacidade de observar nossos verdadeiros sentimentos nos deixa à mercê deles. As pessoas mais seguras acerca de seus próprios sentimentos são os melhores pilotos de suas vidas, tendo uma consciência maior de como se sentem em relação a decisões pessoais, desde com quem se casar a que emprego aceitar.
Indiscutível: conheça-te e conhecerá qualquer outra coisa ao seu redor. Aprenda a reconhecer o que está sentido, não esconda da única pessoa que poderá se beneficiar com ele - você.
Quando reconhecemos um sentimento estamos na verdade aceitando a existência dele, e só assim podemos trabalhar isso de uma forma positiva ou negativa. Só após isso podemos fazer algo em relação à ele, ou a você.
2) Lidar com emoções: Lidar com os sentimentos para que sejam apropriados é uma aptidão que se desenvolve na autoconsciência. As pessoas que são fracas nessa aptidão, vivem constantemente lutando contra os sentimentos de desespero; enquanto as outras se recuperam mais rapidamente dos reveses e perturbações da vida. 
A questão é: aceite o que você sente e se recupere, simples assim. Difícil é ficar ocultando o que você sente e demorar muito mais tempo para conseguir se recuperar.
3) Motivar-se: Pôr as emoções a serviço de uma meta é essencial para centrar a atenção, para a automotivação, a maestria, e para a criatividade. O autocontrole emocional - saber adiar a satisfação e conter a impulsividade -, está por trás de qualquer tipo de realização. E a capacidade de entrar em um estado de "fluxo" possibilita excepcionais desempenhos. As pessoas que tem essa capacidade tendem a ser mais produtivas e eficazes em qualquer atividade que exerçam.
A motivação sempre moveu as pessoas. Motive-se para fazer algo, e será simples fazê-lo. No decorrer do livro o autor descreve exatamente sobre o "fluxo" que foi citado, mas de uma forma resumida é quando se entra em sintonia de inspiração. Pessoas descrevem como uma leveza no que está fazendo, perdendo a noção do que ocorre à sua volta, sendo que você continua fazendo esta atividade de uma maneira tão fluente e tão empolgante - este é o "fluxo".
4) Reconhecer emoções nos outros: A empatia, outra capacidade que se desenvolve na autoconsciência emocional, é a "aptidão pessoal" fundamental. As pessoas empáticas estão mais sintonizadas com os sutis sinais do mundo externo que indicam o que os outros precisam ou querem.
No momento em que se aprende "ouvir" o que você está sentido, você se torna mais "sensível" aos sentimentos, tanto teus como de outros. O fato de você conhecer os sentimentos em ti, torna-se tão natural que você passa a reconhecer nas outras pessoas. E é esse o ponto chave do autoconhecimento. No momento que você se conhece, você conhece qualquer outra pessoa.
5) Lidar com relacionamentos: A arte de se relacionar é, em grande parte, a aptidão de lidar com as emoções dos outros. São as aptidões que reforçam a popularidade, a liderança e a eficiência interpessoal.
O importante de tudo mesmo, é saber lidar com você. Não há de forma alguma, como você não se conhecer e querer conhecer outra pessoa. É como se você quisesse ler um livro sem ter que aprender o alfabeto e posteriormente à ler e escrever.

Já no capítulo 4: "conheça-te a ti mesmo" à uma lista com 3 tipos de estilos em que as pessoas adotam para acompanhar e manejar suas emoções:
1) Autoconsciente: Consciente de seu estado de espírito no momento em que ele ocorre, essas pessoas, evidentemente, são sofisticadas no que diz respeito à sua vida emocional. A clareza com que sentem suas emoções pode reforçar outros traços de suas personalidades: são autônomas e conscientes de seus próprios limites, gozam de boa saúde psicológica e tendem a ter uma perspectiva positiva sobre a vida. Quando entram num estado de espírito negativo, não ficam ruminando nem ficam obcecadas com isso e podem sair dele mais rápido. Em suma, a vigilância as ajuda a administrar suas emoções.

2) Mergulhadas: São pessoas muitas vezes imersas em suas emoções e incapazes de fugir a elas, como se aquele humor houvesse assumido o controle sobre suas vidas. São instáveis e não tem muita consciência dos próprios sentimentos, de modo que se perdem neles, ficando sem perspectivas. Em conseqüência, pouco fazem para tentar escapar desses estados de espírito negativo, achando que não são capazes de exercer controle sobre suas emoções. Muitas vezes se sentem esmagadas e emocionalmente descontroladas.

3) Resignadas: Embora essas pessoas muitas vezes vejam com clareza o que estão fazendo, também tendem a aceitar seus estados de espírito e, portanto não tendem mudá-los. Parece haver dois ramos do tipo resignados: os que estão geralmente de bom humor e por isso pouca motivação têm para mudá-los, e os que, apesar de verem com clareza seus estados de espírito, são susceptíveis aos maus e os aceitam com um "deixa rolar", nada fazendo para mudá-los, apesar da aflição que sentem - um padrão encontrado, por exemplo, em pessoas deprimidas que se resignam ao desespero. 
Moral da história?  Conheça seus sentimentos, conheça-te e não deixe que seu lado emocional domine sua vida, ou pior ainda, domine à você.